O microagulhamento é um procedimento estético que tem por objetivo estimular a produção de colágeno, através de microperfurações na derme. Este é um tratamento considerado inovador e o mesmo tem a vantagem de ser utilizado por uma vasta gama de indicações para o tratamento de diversas moléstias inestéticas
Indicação do microagulhamento
O microagulhamento é indicado para tratar flacidez tissular, rugas, cicatrizes atróficas, cicatrizes de acne, estrias, linhas de expressão bem como pode ser usado em fototipos altos.
As micropunções na derme são causadas por uma caneta com agulhas em aço inoxidável, estéril, específico para a técnica. A dermapen possui inúmeras microagulhas, que podem variar de tamanho de 0,25mm a 2,5mm de comprimento. O tamanho das mesmas e a quantidade de agulhas são escolhidas de acordo com o tratamento.
Como funciona o microagulhamento
O mecanismo de ação ocorre quando as microagulhas penetram na pele, causando uma lesão controlada, produzindo ativos para a formação de um novo tecido.
Inicialmente, ao microagulhar acontece a perda da integridade da barreira cutânea sendo o alvo a dissociação dos queratinócitos que resulta na liberação de citocinas, entre elas a interleucina -1ª que predomina, resultando em vasodilatação dérmica e a migração de queratinócitos para o reestabelecimento do dano na epiderme.
Processo do microagulhamento
Logo acontece o processo de cicatrização que se divide em três partes; a primeira a injúria que é a liberação de plaquetas e neutrófilos que são responsáveis pela liberação de fatores de crescimento.
Na segunda fase da cicatrização, quando os neutrófilos são substituídos por monócitos, e ocorrem angiogênese, epitelização e proliferação de fibroblastos, seguidas da produção de colágeno tipo III, elastina, proteoglinas e glicosaminoglicanos. No mesmo momento, o fator de crescimento dos fibroblastos, o TGF-a o TGF-ß são secretados pelos monócitos. Cinco dias depois do procedimento, aproximadamente, a matriz de fibronectina está formada, possibilitando o depósito de colágeno logo abaixo da camada basal da epiderme.
Na terceira fase, a maturação, o colágeno tipo III começa a ser substituído por colágeno tipo I que é um colágeno com mais qualidade.
Contra indicações
Esta técnica está contra indicada nos casos de cicatrizes com quelóide, doença vascular, distúrbio hemorrágico, diabetes, uso de anticoagulantes, câncer de pele, alergia ao metal, ceratose solar, verrugas, infecção cutânea, pele sensível, gravidez, acne, herpes ativa, rosácea ativa, pele queimada do sol, uso de Roacutan inferior a 6 meses (a pele está fina e reativa).
Cuidados pós procedimento
A técnica pode deixar a pele momentaneamente vulnerável. É exatamente por isso que a mesma deve ser feita em consultório com profissional habilitado.
Assim como todo tratamento facial, o paciente deverá evitar exposição solar por 15 dias e aplicar o protetor solar a cada 2 horas, evitar a utilização de buchas, esponjas e esfoliação no local tratado. O paciente não deverá usar hidratante no local até a recuperação completa ou liberação do profissional que realizou a técnica.
Lembrando que para a realização deste procedimento, deve-se realiza-lo apenas com um profissional apto e capacitado.
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